sexta-feira, 26 de agosto de 2022

"As mães são as pessoas mais exaustas e invisíveis da sociedade"

 



No dia 30 de Setembro de 2021 na Rádio CBN, Tatiana Vasconcelos e Fernando Andrade entrevistaram o psicólogo e escritor Alexandre Coimbra Amaral para falar sobre o livro "A exaustão no topo da montanha" e em vários momentos da conversa eu me identifiquei com as falas como quando Alexandre diz : "O fracasso na nossa sociedade hoje é você descansar."
entrevista Alexandre Coimbra CBN
Você que está aqui lendo esse post sabe descansar? Meu "conje" Fernando diz que eu não sei e eu não sei mesmo. Acordo a 200km/h fazendo trocentas coisas depois não sei porque estou esgotada. Enfim, sou a cópia da minha mãe, eu NÃO estou culpando minha mãe. 
Mais adiante tanto o Fernando quanto a Tatiana separaram o mesmo treco do livro : "As mães são as pessoas mais exaustas e invisíveis da sociedade" e automaticamente eu me lembrei de dois filmes; Tully (que eu tinha certeza que eu tinha escrito um post sobre ele, devo ter excluído..minha especialidade) e Não sei como ela consegue.





Em Não sei como ela consegue, Sarah Jessica Parker é Kate Reddy, executiva, mãe e esposa de sucesso. Todas as mães (nem todas) tem inveja por ela dar conta de tudo e fazer tudo com tanta perfeiçã. Logo no começo do filme eles destacam o dia em que há um evento beneficente da escola que ela prometeu fazer algo pra filha levar mas por conta do trabalho não conseguiu e acabou comprando uma torta na delicatessen, o que seria super ok se não houvesse nela essa necessidade de ser perfeita para as outras pessoas.



 
Sabe aquela velha máxima de ter que mostrar que é boa o suficiente para não perder nenhum contrato para um homem? De TER QUE mostrar pra essemundo machista em que vivemos que mesmo sendo mulheres somos capazes de levar negociações a diante? Pois é, é o que Kate passa.
Por conta de não se permitir falhar ela aceita um novo desafio e pra isso vai precisar se ausentar, viajar com o chefe e assistente... 
De tanto trabalhar, Kate começa a perder as coisas que a convivência com seus filhos lhe proporcionaria como o primeiro corte dos cabelos de seu filho mais novo e perde também a confiança de sua filha mais velha. Além disso ela acaba colocando em dúvida seu casamento pois de tanto conviver com seu chefe, que é um homem completamente diferente do seu esposo, acaba percebendo que há outras formas de viver a vida que não seja cuidar da casa, dos filhos e etc. 
O filme é uma boa opção de entretenimento mas está longe de ser uma defesa aos direitos feministas, isso fica por minha conta. 



Com direção de Douglas McGrath que vocês talvez conheçam por Emma e Confidencial, na direção e Tiros na Broadway ( alpem dos dois acima citados) no roteiro, além de ter atuado em alguns filmes como Felicidade ( que de felicidade só tem o titulo). 
Com roteiro de Aline Brosh McKenna , conhecida por Vestida pra casar, o Diabo veste Prada , Uma manhã gloriosa, Leis da atração, então por aí vocês conseguem ter uma ideia da pegada do filme, comédia romântica pra entreter. 




Além de Sarah Jessica Parker temos no elenco Greg Kinnear, no papel do esposo de Kate, Pierce Brosnan como o chefe. Além de Olivia Munn como assistente de Kate ( adoro o jeito estranho da Olivia) e Christina Hendriks como a unica mãe realmente amiga de Kate. 
Dessa vez por causa da entrevista eu primeiro pensei no filme e fiquei atenta pra achar uma música na trilha que pudesse trazer pra cá e a escolhida foi "The Shoop Shoop Song". 
Composta por Rudy Clark, a música foi gravada pela primeira vez por Merry Clayton em 1963 mas não fez muito sucesso. Um ano depois, quando regravada por Betty Everett alcançando o 1º lugar nas paradas de R&B da revista Cashboxe número 6 na Billboard. E acreditem,ela não queria gravá-la mas seu produtor a convenceu a gravar. 
É a versão de Everett que toca no filme:





Mas vocês provavelmente conhecem a versão de Cher:





Que embala o filme Minha mãe é uma sereia. Eu amo esse filme, amo essa versão . rs

Ah, essa é a versão de Mary Clayton:



Sextou, divirtam-se, não se cobrem tanto. Ah e a moral do filme é façam o que está no alcance de vocês, não se cobrem, aceitem ajuda, ninguém é perfeito e não somos heroínas, isso só existe na ficção.