quarta-feira, 31 de julho de 2013

SAVE FERRIS!!!!!!!!!!

Se eu for pensar em qual filme da Sessão da tarde eu mais assisti certamente o que vou postar hoje será o campeão.
Esse costumava, nem sei se ainda é, ser o filme preferido da minha irmã Ana, que filme?
CURTINDO A VIDA ADOIDADO.
Dirigido por John Hughes, falei um pouco dele aqui: http://trilhandoosfilmes.blogspot.com.br/2013/06/people-are-strange-when-youre-stranger.html . E eu duvido que vocês nunca tenham visto nenhum filme dele. mas conheci pessoas que nunca haviam assistido "Curtindo..".É verdade e certeza que tem quem nunca tenha visto. tsc tsc.
O filme conta a história de Ferris Bueller, um jovem que está para se formar no Colegial e prestes a ir para a faculdade. Ferris tem um lema : " A vida passa  muito depressa. Se não pararmos para curti-la de vez em quando ela passa e você nem vê.".
E é a partir dessa sua regra que ele cabula aula, faz sua namorada e seu melhor amigo também cabularem com a finalidade de ter o melhor dia de suas vidas. Um dia inesquecível.
Ferris é , se não o garoto mais popular da cidade, o garoto mais popular da escola e tem seu nome envolvido em tantas histórias que ninguém acha que elas não sejam verdade.
Sua popularidade irrita demais sua irmã mais velha que tenta a todo custo desmascará-lo.

Então saem Ferris, Sloane, sua namorada e Cameron, seu amigo saem pela cidade no carro do pai de Cameron para um dia de zuera, tá certo que a zuera da época é bem mais light que uma zuera de hoje.
Sloane e Ferris são apaixonados, e Cameron um estressado definido assim pelo amigo: "Cameron é tão tenso que se colocarmos uma lâmpada no seu fiofó (censura minha gente) a lâmpada acende."


Temos no papel de Ferris, Matthew Broderick que interpretou tão bem o personagem que ficou marcado por ele pra sempre. Tanto é que recentemente a HONDA fez com que ele revivesse algumas cenas do filme.
Honda Matthew's Day Off .
Quem interpreta Sloane é Mia Sara que depois de Curtindo a vida não fez nada de muita importância e Cameron é interpretado por Alan Ruck, que assim como Mia também não fez trabalhos muito relevantes, mas se você quiser você pode vê-lo em Velocidade Máxima, ele é um dos passageiros que fica lá sem poder sair do ônibus, rs
Já Jeniffer Grey é quem interpreta a irmã de Ferris e ficou bastante conhecida quando interpretou Baby em Dirty Dancing e recentemente participou de um episódio de House e alguns de The New Adventure of Old Christine.
Curtindo a vida... tem em sua trilha Beatles, Sigue Sigue Sputnik e uma versão de Let me get what I want.
E eu podia ter escolhido Twist and Shout, mas seria muito obvio então escolhi : Beat City, The Flowerpot Men.
A música está no EP chamado The Janice Long Session, e no filme está numa das cenas mais simples e mais bacanas, que dá uma sensação de liberdade deliciosa.



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Soul é música sem frescura, uma mistura de suor , sexo e hormônios.

Ninguém  sabe mas o grande responsável por eu gostar tanto de cinema é meu irmão. É bem provável que nem ele saiba, mas se ler este post ficará sabendo, rs
Quando eu era adolescente eu assistia a muitos filmes com ele, o primeiro Kubrick (Nascido para matar), o primeiro Hitchcock (Os pássaros), o primeiro Lynch ( Coração Selvagem) entre muitos outros filmes.
Dona Majô, minha mãe não gostava muito da ideia, achava que os filmes eram muito pesados para mim. E eu agradeço até hoje por ele ter me proporcionado tal experiência.
Depois disso fui assistindo um ali, outro aqui, até que fui trabalhar na locadora e aí me esbaldei, rs
Esse post não falará de nenhum dos filmes citados acima mas será de um dos filmes que vi com ele e que gosto demais.
Com a frase dita por um dos personagens do filme começo a falar dele: " Os irlandeses são os negros da Europa. Os dublinenses são os negros da Irlanda. E os dublinenses do norte são os negros de Dublin. Por isso, diga ‘Sou negro e me orgulho disso'!"



The Commitments é um filme de 1991, dirigido por Alan Parker e pode se dizer que é um retorno dele a sua origem, ele é de Dublin.
O diretor queria  fazer do filme o mais próximo do real então não queria atores profissionais, queria pessoas que fossem mais musicos que atores . Foi até a periferia de Dublin e fez testes com mais de mil pessoas. E desses testes conseguiu arrematar um elenco bastante satisfatório, só teve então que trabalhar bem o roteiro e mandar ver.
The Commitments conta a história de Jimmy Rabbitte e seu sonho de ser um empresario famoso. Jimmy resolve montar uma banda de Soul ( a frase sobre negros de Dublin é dele, para justificar o questionamento do porque brancos tocariam Soul)  e pra isso precisa de integrantes, rs. Vai fazendo testes e mais testes e por fim consegue montar sua banda.
E como toda banda tem que lidar com os conflitos, os egos de cada um e tudo que vem junto.


Uma curiosidade sobre a banda e o filme é que a banda veio pra fora das telas, ficou um tempo fazendo show mas se desfez.
Com versões excelentes de músicas conhecidas como : Hard to Handle, Mustang Sally, Take me to the river, Try a little tenderness, uma direção impecável, um roteiro maravilhoso, Alan Parker fez de The Commitmens um dos melhores filmes dos anos 90.


 E dessas músicas a que eu escolhi é Hard to Handle, que não é a mais conhecida pela trilha sonora do filme, certeza que se você falar do filme pra alguém a música lembrada será Mustang Sally.
Hard to Handle foi gravada por Otis Redding , composta pelo próprio Redding em parceria com Al Bell e Allen Jones. E só foi lançada depois que Redding faleceu em 1967 no disco The Immortal Otis Redding.
Gosto muito da versão original, mais ainda da versão do filme e muito mais da versão do Black Crowes.
Mais uma delícia de filme, com uma trilha sonora maravilhosa.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

There was something in the air that night, the stars were bright, FERNANDO.

Siiiiiiiiiiiiiiiiim!!!!!!!!!! É um post que terá ABBA. É escolhi sim a música por causa do nome do marido, e olha que ele nem é tão fã dessa música...Mas calma, não é por causa do ABBA mas sim por causa da versão da Perla (a paraguaia e não a funkeira que deu mole pra caramba tremendo vacilão e agora é evangélica)
Me lembro quando Mama Mia lançou e o que mais a gente falava era: filme com música do ABBA é "Casamento de Muriel" e Priscilla, isso aí não.
Olha, eu gosto de Mama Mia, de verdade. Mas ADORO , AMO , ai ai, Casamento de Muriel. rs
Casamento de Muriel é um filme de 1994, quando lançou eu tinha 15 anos e como sempre fui gordinha, gorda, enfim... fora dos padrões sempre impostos pela sociedade e tal, eu me identifiquei com Muriel.
É dirigido por P.J. Hogan, até então desconhecido e entre outros filmes dirigiu "Delírios de Consumo de Becky Bloom".
Com um elenco de pouquíssimas caras conhecidas e um roteiro muito bem elaborado, que mistura comédia e drama, o filme conquistou muitos admiradores.
Muriel , interpretada por Toni Collete ( que depois ficou bastante conhecida com Sexto Sentido, Pequena Miss Sunshine), é um jovem gorda, feia, desajeitada e que vive mendingando a atenção de suas amigas ou que ela pensa serem suas amigas.
Bom, após um fracassado casamento as amigas de Muriel resolvem viajar para que a noiva traidaa esqueça o que aconteceu, e é nesse momento que Muriel é limada da galera... Pra afogar suas mágoas ela vai pra casa e escuta... ABBA. Quem nunca afogou as mágoas ouvindo música?



Então uma amiga - aham - do pai de Muriel resolve também ajudá-la e dá um emprego de consultora de produtos de beleza, tipo AVON, JEQUITI, essas coisas. E também nesse contexto todo que ela descobre que a amiga do pai não é só amiga. A mãe é uma fraca , o pai aquele tipico político babaca e com toda essa criação seus irmãos são pobres coitados, que vivem sendo chamados de inúteis pelo pai.
Muriel resolve dar um jeito de ir ao encontro das amigas e mais uma vez é desprezada , só que encontra Rhonda. Uma amiga de infância que era desprezada pelas malas cafonas. rs


É com Rhonda que ela se identifica, e com Rhonda que ela passa o resto da viagem .


Muriel resolve apagar seu passado de vez, muda de nome para Mariel, muda o visual, se muda de cidade, onde divide um apartamento com Rhonda. Muitas coisas acontecem desde esse momento, desde um casamento arranjado, a morte de sua mãe, a briga com sua melhor e talvez unica amiga e um amadurecimento totalmente necessário.



Fernando é cantarolada por Muriel e Rhonda após a presentação delas vestidas de Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad e cantando Waterloo, cena maravilhosa. rs
A música foi lançada em março de 1976 e não era originalmente do ABBA, era de um álbum solo de Anni e nem se chama Fernando, se chamava Hernandez. Daí alguns ajustes foram feitos e o nome mudou por sugestão, pasmem, do motorista. e regravada por vários artistas e em várias versões.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

"Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles"

Control é um filme que parece mas não é, parece documentário mas não é.Baseado no livro da ex-esposa de Ian (e somente no livro): Touching from the distance, talvez seja esse o único erro do filme.
Dirigido por Anton Corbjin, fotógrafo e cineasta, que dirigiu clipes de algumas bandas e uma delas foram os clipes Enjoy the Silence e Personal Jesus, do Depeche Mode.
O filme é de 2007 e tem no papel de Ian Curtis o até então desconhecido Sam Riley, que depois veio fazer On the Road, interpretando Sal Paradise/Jack Kerouac.
Mas vamos falar da atuação de Sam nesse filme especificamente... Sam É Ian Curtis, o ator conseguiu captar a essência de Ian, todos seus trejeitos, suas expressões, olhares.


Control mostra a curta mas importantíssima e intensa carreira de Ian Curtis, suas performances épicas, letras maravilhosas e claro, uma vida pessoal conturbada. Ian não sabia como lidar com seu talento,assim como não conseguia se definir por sua esposa Debbie por quem tinha um amor e porque não consideração e tals..



E seu relacionamento extraconjugal com a jornalista belga Annik Honoré, que conheceu num show em Bruxelas..

E essa angustia toda que levou a fazer letras maravilhosas e também a dar um fim trágico a essa angustia.... Não há como negar que Joy Division influenciou e ainda influencia muitas bandas desde seu surgimento. 
O diretor coloca em prática todo seu conhecimento de anos de trabalho como fotografo e diretor de clipes, e a escolha de fazê-lo em preto e branco não é por acaso, torna o filme mais denso, direto e não nos deixa desviar a atenção.
Além de usar as músicas das bandas para substituir diálogos e assim se comunicar com o espectador. Quando esse filme foi lançado em DVD muitos dos clientes da locadora que eu trabalhava malharam o filme, e eu fico triste por eles. Apesar do filme ter praticamente somente o foco da relação de Ian, Debbie e Annik, é só prestar a atenção nas letras de Ian pra você entender e se encantar por uma das melhores bandas pós punk do mundo.
E a música que coroa o filme, que eu escolhi e que nos faz entender pelo que Ian passava é...

Adivinhem? 

Claro :Love Will Tear Us Apart.






 A música foi escrita em agosto/setembro de 1979 e sua primeira gravação antes de sair em single data de 26 de novembro. E é uma das poucas músicas que Ian tocou guitarra.
Love Will.. fala claramente de como a relação entre Ian e Debbie estava. Foi considerada pelo New Musical Express em 2002 a melhor musica de todos os tempos, e pela Rolling Stones em 2005, há quem concorde, há quem não. Eu particularmente AMO.