quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Zoo-Wee Mama

Nossa! Faz um mês que não posto nada aqui... E minha cabeça está tão confusa que pensei, vou fazer um mês de posts com filmes para o publico infanto-juvenil já que é o mês das crianças. Mês das crianças? Tá maluca?
É.. devo estar mesmo.
Mas como a ideia surgiu e a música está na cabeça há dias, pra que adiar o post?
Vou começar com duas explicações/histórias paralelas que justificam o post. Meu sobrinho, Pedro, não é lá super fã de leitura mas gosta muito de ler (acho que gostava, já que está crescendo e tal) "O diário de um banana" e a gente tem que aproveitar quando ele gosta de algo. Então comprei os livros pra ele ler e quando saiu o primeiro filme fomos ver.
Filme que teve sua estreia em 2010 e na mesma época Glee estava bombando.
Por que mencionei Glee? Tá no contexto da escolha da música.
No mesmo ano, quando eu ainda trabalhava na locadora e num belo dia um menino com mais ou menos a mesma idade do meu afilhado entrou lá, ouvindo um mpcoisa e cantando " Tuuuuuuuuuuuuurn around bright eeeeeeeeeeeeeyes..."
Só tinha 2 possibilidades, ou era por causa do Glee, ou era por causa do Diário de um banana. Arrisquei a segunda e acertei.
A música escolhida é Total Eclipse Of The Heart, o filme: O Diário de um banana.


Diário de um banana é um filme dirigido por Thor Freudenthal, que até então só havia dirigido curtas e "Um hotel bom pra cachorro" de longa. Atualmente você pode conferir o trabalho do diretor em Percy Jackson  e o Mar de Monstros.
Baseado no livro de mesmo nome, aliás no Brasil temos 7 livros lançados, conta a história de Greg Heffly, um menino de 13 anos que sofre um grande problema, sim porque para qualquer adolescente de 13 anos os problemas são maiores que o mundo, não é popular.
E Greg quer a todo custo ser popular, aí você soma isso a pais ocupados, um irmão mais velho babaca e um melhor amigo igualmente não popular.
Além disso tem sempre algum mala no colégio que adora pegar no pé do garoto. Nesse caso é uma mala.
Greg vai tentando de várias maneiras se tornar popular mas a cada tentativa a situação só piora.
Até que seu melhor amigo, Rowley consegue o que ele sempre quis... Aliás, curiosidade sobre o Rowley é que a atriz que interpreta a mãe dele é a mãe dele na vida real.


Eu gosto do filme, ele é simples, é divertido e sempre que indiquei esse filme na locadora para a molecada, eles adoravam.
Total Eclipse aparece no filme no momento da audição para a peça da escola, em  meio a cantorias sofríveis eis que o menos provável acontece, Greg canta lindamente.


Mas ele acaba não aceitando o papel pra evitar problemas com Patty, uma garota que persegue Greg.
Total Eclipse of the Heart foi composta por Jim Steinman e gravada por Bonnie Tyler, foi lançada como single em 1983, e foi com Bonnie que ficou mais conhecida.
Assistam o filme e cantem Total Eclipse, rs

'

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

A gente não faz amigos, reconhece-os !

Eu nem ia postar nada nessa semana, estava (ainda estou um pouco) introspectiva, sensível,chata...
Enfim..
Há mais ou menos um ano, no dia do show de lançamento do cd de uma ex-banda do marido conheci várias pessoas da cena musical do ABC. Entre essas pessoas estava Midi Gomes, uma das pessoas mais alto astral que já vi.
Desde esse dia a gente sempre manteve contato, conversávamos, fazíamos piadas, dávamos força uma a outra em muitos momentos que inexplicavelmente percebíamos precisar.
Midi saiu da minha vida da mesma forma inesperada com que entrou. Lembro que dias atrás ela postou no se perfil no Instagram uma foto do ingresso pro show de sua diva, Beyoncé. Não deu tempo... Infelizmente.




Esse post será sobre Cadillac Records, filme que conta com Beyoncé no elenco. Esse post é pra Midi que em algum lugar está cantando e quem sabe inclusive cantando com Etta James.
Cadillac Records é um filme de 2008, e conta a história da gravadora Chess Record. Gravadora dos anos 50 que tinha entre seus contratados : Muddy Waters, Chuck Berry, Howlin Wolf, Etta James, entre outros.
Dirigido por Darnell Martin, que não tem outros filmes em sua carreira mas já dirigiu muitos seriados, como: Grimm, Chicago Fire, The Mentalist, etc.
O filme conta com Adrien Brody ( Leonard Chess), Beyoncé Knowles ( Etta James),  Jeffren Right (Muddy Waters ), Mos Def (Chuck Berry) .
A princípio quem faria o papel de Leonard Chess era Matt Dillon, nada contra Matt mas Brody manda muito melhor que você.
O filme passa entre as décadas de 50 e 60 , EUA, onde o racismo falava muito mas muito alto, e em muitas passagens do filme isso fica muito claro.
O filme começa com Chess sendo desprezado pelo pai de sua namorada por ser um zé ninguém, fato que faz com que ele resolva ir a luta. Num outro lugar, Muddysai de sua cidade para mostrar sua música.
Chess monta então um clube em Illinois, e certo dia Muddy vai lá tocar.
Claro que acontece uma confusão, e depois desse dia , "por acaso" o clube de Chess é incendiado. Ele resolve então montar a Chess Records e investir na carreira de Muddy.


O filme é repleto de momentos tensos mas também temos passagens engraçadas, como na cena em que Chuck Berry chega a um clube onde fará um show e o barram pois no cartaz colocam uma imagem de um branco e ele afirmando ser Chuck Berry.



A trilha sonora é uma delícia e eu confesso ter demorado a ver o filme pois quando lançado aqui no Brasil, foi lançado ao mesmo tempo que Honey Dripper... E fui na onda da galera que falava que Honey era melhor que Cadillac. De fato é, mas Cadillac é também um filme muito bom.
A música escolhida é At Last. A canção foi composta em 1941, por Mack Gordon e e Harry Warren, foi gravada por Etta James, Cindy Lauper, Celine Dion, Christina Aguilera. 
A minha versão preferida , claro, é com Etta James. Beyoncé regravou a música para o filme e mais tarde cantou para Barak Obama.
Beyoncé que está muitíssimo bem no papel de Etta.
... and life is like a song.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Às vezes você tem que encontrar em alguém o que está faltando em você

Era um sábado e eu não sei bem porque eu estava longe do marido. Então fui encontrar a minha irmã Mari e minha sobrinha para irmos ao shopping. 
Então a Mari vira pra mim e pra Malu (sobrinha) e fala: Vamos ver um filme francês que é muito bom?
Malu faz aquela cara de "aff, filme francês".
Nessas horas lembro do Fernando dizendo que eu tenho mania de classificar filme francês como filme francês e que isso tira toda vontade dele de assistir filmes franceses. E assim como eu, outras pessoas fazem dessa forma. 
A gente não classifica filme francês como drama, comédia, terror. Apenas como filme francês, e com isso perdemos oportunidades de vermos filmes fantásticos.
Voltando a história, fomos ver o tal filme francês. Intocáveis era o nome do filme, vi que havia lançado mas não tinha lido mais nada a respeito.
O filme é baseado num história real e conta a história de Driss e Phillippe e a relação construída entre eles.

Driss é um jovem negro que acabou de sair da prisão e ao que parece vai a entrevistas de emprego já esperando ser rejeitado.
E assim continua recebendo o que seria equivalente ao nosso seguro desemprego.Numa dessas entrevistas ele vai a casa de Phillippe, um homem rico, culto, e que por conta de um acidente ficou tetraplégico.
Phillippe apesar de viver cercado de empregados extremamente prestativos, fiéis, competentes , não tem a companhia deles.
Phillippe, ao entrevistar Driss se sente desafiado e resolve não dar a resposta no dia, mas sim no da seguinte. Então Driss retorna a casa de Phillippe que o desafia a trabalhar para ele.
O convívio dos dois personagens faz com que um aprenda com o outro, o que os proporciona uma amizade completamente sincera.




Intocáveis é uma das boas surpresas que o cinema nos deu nos últimos tempos.
No papel de Driss temos Omar Sy que eu nunca tinha visto em outros filmes mas que "descobri" ,nas minhas pesquisas, ter trabalhado em Micmacs de Jean Pierre Jeunet (aquele que dirigiu O Fabuloso Destino de Amélie...). No papel de Phillippe está François Cluzzet que já fez tantos filme que vocês já devem ter visto algum que ele participou. Entre eles Prêt-à-porter, Surpresas do coração e Janis e John, sendo esse ultimo meu preferido.
A trilha sonora desse filme é tão boa quanto o próprio filme, e a primeira música que eu havia escolhido era September, mas quando se tem Nina Simone numa trilha não se pode ignorar.
Sabe quando foi primeira vez que eu escutei Nina Simone? Em A Assassina, com Bridget Fonda, e me apaixonei.
Feeling Good foi composta por Anthony Newley e Leslie Bricusse em 1964, para o musical The Roar of The Greasepaint - The Smell of The Crowd, quando foi cantada pela primeira vez. Nina a regravou em 1965, em seu álbum I Put a Spell on You.
Existem várias versões dessa música, o Muse a regravou e por isso minha sobrinha a cantou quando tocou no filme. Mas Nina é sempre mais intensa. 


Se você  nunca assistiu Intocáveis, deixe seu preconceito com filmes franceses de lado e assista um filme mais que maravilhoso, um filme divino

quarta-feira, 31 de julho de 2013

SAVE FERRIS!!!!!!!!!!

Se eu for pensar em qual filme da Sessão da tarde eu mais assisti certamente o que vou postar hoje será o campeão.
Esse costumava, nem sei se ainda é, ser o filme preferido da minha irmã Ana, que filme?
CURTINDO A VIDA ADOIDADO.
Dirigido por John Hughes, falei um pouco dele aqui: http://trilhandoosfilmes.blogspot.com.br/2013/06/people-are-strange-when-youre-stranger.html . E eu duvido que vocês nunca tenham visto nenhum filme dele. mas conheci pessoas que nunca haviam assistido "Curtindo..".É verdade e certeza que tem quem nunca tenha visto. tsc tsc.
O filme conta a história de Ferris Bueller, um jovem que está para se formar no Colegial e prestes a ir para a faculdade. Ferris tem um lema : " A vida passa  muito depressa. Se não pararmos para curti-la de vez em quando ela passa e você nem vê.".
E é a partir dessa sua regra que ele cabula aula, faz sua namorada e seu melhor amigo também cabularem com a finalidade de ter o melhor dia de suas vidas. Um dia inesquecível.
Ferris é , se não o garoto mais popular da cidade, o garoto mais popular da escola e tem seu nome envolvido em tantas histórias que ninguém acha que elas não sejam verdade.
Sua popularidade irrita demais sua irmã mais velha que tenta a todo custo desmascará-lo.

Então saem Ferris, Sloane, sua namorada e Cameron, seu amigo saem pela cidade no carro do pai de Cameron para um dia de zuera, tá certo que a zuera da época é bem mais light que uma zuera de hoje.
Sloane e Ferris são apaixonados, e Cameron um estressado definido assim pelo amigo: "Cameron é tão tenso que se colocarmos uma lâmpada no seu fiofó (censura minha gente) a lâmpada acende."


Temos no papel de Ferris, Matthew Broderick que interpretou tão bem o personagem que ficou marcado por ele pra sempre. Tanto é que recentemente a HONDA fez com que ele revivesse algumas cenas do filme.
Honda Matthew's Day Off .
Quem interpreta Sloane é Mia Sara que depois de Curtindo a vida não fez nada de muita importância e Cameron é interpretado por Alan Ruck, que assim como Mia também não fez trabalhos muito relevantes, mas se você quiser você pode vê-lo em Velocidade Máxima, ele é um dos passageiros que fica lá sem poder sair do ônibus, rs
Já Jeniffer Grey é quem interpreta a irmã de Ferris e ficou bastante conhecida quando interpretou Baby em Dirty Dancing e recentemente participou de um episódio de House e alguns de The New Adventure of Old Christine.
Curtindo a vida... tem em sua trilha Beatles, Sigue Sigue Sputnik e uma versão de Let me get what I want.
E eu podia ter escolhido Twist and Shout, mas seria muito obvio então escolhi : Beat City, The Flowerpot Men.
A música está no EP chamado The Janice Long Session, e no filme está numa das cenas mais simples e mais bacanas, que dá uma sensação de liberdade deliciosa.



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Soul é música sem frescura, uma mistura de suor , sexo e hormônios.

Ninguém  sabe mas o grande responsável por eu gostar tanto de cinema é meu irmão. É bem provável que nem ele saiba, mas se ler este post ficará sabendo, rs
Quando eu era adolescente eu assistia a muitos filmes com ele, o primeiro Kubrick (Nascido para matar), o primeiro Hitchcock (Os pássaros), o primeiro Lynch ( Coração Selvagem) entre muitos outros filmes.
Dona Majô, minha mãe não gostava muito da ideia, achava que os filmes eram muito pesados para mim. E eu agradeço até hoje por ele ter me proporcionado tal experiência.
Depois disso fui assistindo um ali, outro aqui, até que fui trabalhar na locadora e aí me esbaldei, rs
Esse post não falará de nenhum dos filmes citados acima mas será de um dos filmes que vi com ele e que gosto demais.
Com a frase dita por um dos personagens do filme começo a falar dele: " Os irlandeses são os negros da Europa. Os dublinenses são os negros da Irlanda. E os dublinenses do norte são os negros de Dublin. Por isso, diga ‘Sou negro e me orgulho disso'!"



The Commitments é um filme de 1991, dirigido por Alan Parker e pode se dizer que é um retorno dele a sua origem, ele é de Dublin.
O diretor queria  fazer do filme o mais próximo do real então não queria atores profissionais, queria pessoas que fossem mais musicos que atores . Foi até a periferia de Dublin e fez testes com mais de mil pessoas. E desses testes conseguiu arrematar um elenco bastante satisfatório, só teve então que trabalhar bem o roteiro e mandar ver.
The Commitments conta a história de Jimmy Rabbitte e seu sonho de ser um empresario famoso. Jimmy resolve montar uma banda de Soul ( a frase sobre negros de Dublin é dele, para justificar o questionamento do porque brancos tocariam Soul)  e pra isso precisa de integrantes, rs. Vai fazendo testes e mais testes e por fim consegue montar sua banda.
E como toda banda tem que lidar com os conflitos, os egos de cada um e tudo que vem junto.


Uma curiosidade sobre a banda e o filme é que a banda veio pra fora das telas, ficou um tempo fazendo show mas se desfez.
Com versões excelentes de músicas conhecidas como : Hard to Handle, Mustang Sally, Take me to the river, Try a little tenderness, uma direção impecável, um roteiro maravilhoso, Alan Parker fez de The Commitmens um dos melhores filmes dos anos 90.


 E dessas músicas a que eu escolhi é Hard to Handle, que não é a mais conhecida pela trilha sonora do filme, certeza que se você falar do filme pra alguém a música lembrada será Mustang Sally.
Hard to Handle foi gravada por Otis Redding , composta pelo próprio Redding em parceria com Al Bell e Allen Jones. E só foi lançada depois que Redding faleceu em 1967 no disco The Immortal Otis Redding.
Gosto muito da versão original, mais ainda da versão do filme e muito mais da versão do Black Crowes.
Mais uma delícia de filme, com uma trilha sonora maravilhosa.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

There was something in the air that night, the stars were bright, FERNANDO.

Siiiiiiiiiiiiiiiiim!!!!!!!!!! É um post que terá ABBA. É escolhi sim a música por causa do nome do marido, e olha que ele nem é tão fã dessa música...Mas calma, não é por causa do ABBA mas sim por causa da versão da Perla (a paraguaia e não a funkeira que deu mole pra caramba tremendo vacilão e agora é evangélica)
Me lembro quando Mama Mia lançou e o que mais a gente falava era: filme com música do ABBA é "Casamento de Muriel" e Priscilla, isso aí não.
Olha, eu gosto de Mama Mia, de verdade. Mas ADORO , AMO , ai ai, Casamento de Muriel. rs
Casamento de Muriel é um filme de 1994, quando lançou eu tinha 15 anos e como sempre fui gordinha, gorda, enfim... fora dos padrões sempre impostos pela sociedade e tal, eu me identifiquei com Muriel.
É dirigido por P.J. Hogan, até então desconhecido e entre outros filmes dirigiu "Delírios de Consumo de Becky Bloom".
Com um elenco de pouquíssimas caras conhecidas e um roteiro muito bem elaborado, que mistura comédia e drama, o filme conquistou muitos admiradores.
Muriel , interpretada por Toni Collete ( que depois ficou bastante conhecida com Sexto Sentido, Pequena Miss Sunshine), é um jovem gorda, feia, desajeitada e que vive mendingando a atenção de suas amigas ou que ela pensa serem suas amigas.
Bom, após um fracassado casamento as amigas de Muriel resolvem viajar para que a noiva traidaa esqueça o que aconteceu, e é nesse momento que Muriel é limada da galera... Pra afogar suas mágoas ela vai pra casa e escuta... ABBA. Quem nunca afogou as mágoas ouvindo música?



Então uma amiga - aham - do pai de Muriel resolve também ajudá-la e dá um emprego de consultora de produtos de beleza, tipo AVON, JEQUITI, essas coisas. E também nesse contexto todo que ela descobre que a amiga do pai não é só amiga. A mãe é uma fraca , o pai aquele tipico político babaca e com toda essa criação seus irmãos são pobres coitados, que vivem sendo chamados de inúteis pelo pai.
Muriel resolve dar um jeito de ir ao encontro das amigas e mais uma vez é desprezada , só que encontra Rhonda. Uma amiga de infância que era desprezada pelas malas cafonas. rs


É com Rhonda que ela se identifica, e com Rhonda que ela passa o resto da viagem .


Muriel resolve apagar seu passado de vez, muda de nome para Mariel, muda o visual, se muda de cidade, onde divide um apartamento com Rhonda. Muitas coisas acontecem desde esse momento, desde um casamento arranjado, a morte de sua mãe, a briga com sua melhor e talvez unica amiga e um amadurecimento totalmente necessário.



Fernando é cantarolada por Muriel e Rhonda após a presentação delas vestidas de Agnetha Fältskog e Anni-Frid Lyngstad e cantando Waterloo, cena maravilhosa. rs
A música foi lançada em março de 1976 e não era originalmente do ABBA, era de um álbum solo de Anni e nem se chama Fernando, se chamava Hernandez. Daí alguns ajustes foram feitos e o nome mudou por sugestão, pasmem, do motorista. e regravada por vários artistas e em várias versões.



segunda-feira, 15 de julho de 2013

"Escrevo sobre as diferentes formas que diferentes pessoas lidam com certos problemas, e como essas pessoas podem se adaptar e conviver com eles"

Control é um filme que parece mas não é, parece documentário mas não é.Baseado no livro da ex-esposa de Ian (e somente no livro): Touching from the distance, talvez seja esse o único erro do filme.
Dirigido por Anton Corbjin, fotógrafo e cineasta, que dirigiu clipes de algumas bandas e uma delas foram os clipes Enjoy the Silence e Personal Jesus, do Depeche Mode.
O filme é de 2007 e tem no papel de Ian Curtis o até então desconhecido Sam Riley, que depois veio fazer On the Road, interpretando Sal Paradise/Jack Kerouac.
Mas vamos falar da atuação de Sam nesse filme especificamente... Sam É Ian Curtis, o ator conseguiu captar a essência de Ian, todos seus trejeitos, suas expressões, olhares.


Control mostra a curta mas importantíssima e intensa carreira de Ian Curtis, suas performances épicas, letras maravilhosas e claro, uma vida pessoal conturbada. Ian não sabia como lidar com seu talento,assim como não conseguia se definir por sua esposa Debbie por quem tinha um amor e porque não consideração e tals..



E seu relacionamento extraconjugal com a jornalista belga Annik Honoré, que conheceu num show em Bruxelas..

E essa angustia toda que levou a fazer letras maravilhosas e também a dar um fim trágico a essa angustia.... Não há como negar que Joy Division influenciou e ainda influencia muitas bandas desde seu surgimento. 
O diretor coloca em prática todo seu conhecimento de anos de trabalho como fotografo e diretor de clipes, e a escolha de fazê-lo em preto e branco não é por acaso, torna o filme mais denso, direto e não nos deixa desviar a atenção.
Além de usar as músicas das bandas para substituir diálogos e assim se comunicar com o espectador. Quando esse filme foi lançado em DVD muitos dos clientes da locadora que eu trabalhava malharam o filme, e eu fico triste por eles. Apesar do filme ter praticamente somente o foco da relação de Ian, Debbie e Annik, é só prestar a atenção nas letras de Ian pra você entender e se encantar por uma das melhores bandas pós punk do mundo.
E a música que coroa o filme, que eu escolhi e que nos faz entender pelo que Ian passava é...

Adivinhem? 

Claro :Love Will Tear Us Apart.






 A música foi escrita em agosto/setembro de 1979 e sua primeira gravação antes de sair em single data de 26 de novembro. E é uma das poucas músicas que Ian tocou guitarra.
Love Will.. fala claramente de como a relação entre Ian e Debbie estava. Foi considerada pelo New Musical Express em 2002 a melhor musica de todos os tempos, e pela Rolling Stones em 2005, há quem concorde, há quem não. Eu particularmente AMO. 















domingo, 16 de junho de 2013

People are strange, when you're a stranger !

Sabe aquela "saga" do vampiro que brilha? Então.. Tudo mentira.rs
Quem é dos anos 80 conheceu muito bem o filme de qual falarei nesse post.
Fomos presenteados nos anos 80 com vários filmes com adolescentes e para adolescente,  John Hughes é um exemplo de diretor que fez vários filmes assim, como: "Gatinhas e Gatões", "A Garota de Rosa Shocking", "Clube dos Cinco" e o mais conhecido deles "Curtindo a Vida Adoidado". E com uma leva t´~ao grande de filmes com e para adolescentes, porque não fazer um filme sobre vampiros adolescente?
Garotos Perdidos é o filme em questão, lançado em 1988 com a direção de Joel Schumacher, que fez tantos filmes que detesto mas um (fora o Garotos...) que gosto tanto , que é O cliente.
Aliás, quando Joel pegou o roteiro original do filme eram garotos e garotas de até 10 anos que faziam parte da trama e Joel disse que só faria o filme se pudesse colocar ao invés de crianças, adolescentes. Parece que Joel acertou.
No elenco temos  Jason Patric e Corey Haim como os principais da trama, nos papeis dos irmãos Michael e Sam, Sabe aquela história que já vimos em lotes no cinema,a mãe que se separa do pai e se muda com os filhos pra uma cidade pequena, pacata, isolada? É o que acontece, Michael, Sam e Lucy, interpretada por Dianne West se mudam pra Santa Carla. a cidade que aparentemente é a tranquilidade em si, nos mostra uma pichação de "A cidade mundial do crime" e além disso há um outro mistério, o lugar tem cartazes de desaparecidos por toda parte.
Mas o que você faz quando se é adolescente e chega numa cidade nova:?
Tenta conhecer quem é de lá, certo?
É o que Michael e Sam fazem, Michael logo conhece David , líder de uma gang de motoqueiros e Sam faz amizade com Edgar e Alan, que se dizem caçadores de vampiros e alerta Sam sobre a cidade estar dominada por vampiros.



Michael se envolve com Star, que faz parte da gang e de repente começa a trocar a  noite pelo dia.Não vou contar o resto do filme né?
Ah,e a música que faz parte do filme?
People Are Strange do The Doors, a música faz parte do álbum Strange Days, lançado em setembro de 1967. Composta por Robby Krieger e dizem que após ele e Morrison , num momento de depressão, terem dado uma volta até o topo do Lauren Canyon. O baterista John Densmore acredita que a música traduzia a vulnerabilidade de Morrison. Vocês eu não sei, mas eu amo essa música e penso que ela se encaixa como uma luva no filme.
Quarta feira tem mais. Acho que tem... rs



segunda-feira, 10 de junho de 2013

Para acertar , primeiro a gente precisa saber o que está errando!!!

O meu primeiro post foi com uma música dos Beatles, mas por um acidente de operação existente entre o notebook e o sofá eu exclui os 2 primeiros posts... Mas ok. Assim como o primeiro post , esse também será sobe uma música dos Beatles e assim será muitas outras vezes com muitas outras bandas.
Decidi que a partir da próxima semana os posts novos serão publicados sempre as a
quartas.
A música da vez é Something e com o dia dos namorados ai vou dizer porque a escolhi....Meu pai cantava essa música para minha mãe e me lembro que antes de começar a namorar o Fernando, que escrevi no Facebook que me casaria com quem a cantasse pra mim, e ele cantou,sempre canta e espero que assim seja  pra sempre....
Something está no álbum Abbey Road, de 1969.




E foi composta por George Harrison que segundo ele mesmo " Não foi pra Pattie, eu simplesmente a compus, e então alguém fez um vídeo que usava algumas imagens minhas e de Pattie, de Paul e Linda, De Ringo e Maureen e de John e Yoko... na verdade, quando a escrevi, eu estava pensando em Ray Charles."
Se foi mesmo ou não, eu não sei, mas a música é lindíssima. Outra curiosidade sobre a música é que o trecho "Something in the way she moves" é o nome e uma musca de James Taylor, o que não foi necessariamente um problema já que James e George eram muito amigos.
A música está na trilha de vários filmes mas escolhi um filme nacional pra falar sobre: As melhores coisas
do mundo.


O filme é baseado numa série de livros de Gilberto Dimenstein e Heloisa Prieto, dirigido por Lais Bodanzky (conhecida por "O Bicho de 7 Cabeças" e "Chega de Saudade" ) e tem no seu elenco caras conhecidas como Denise Fraga, Paulinho Vilhena, Caio Blat e Fiuk. Mas quem se destacam não são esses atores conhecidos, mas sim o elenco de adolescentes, que estão tão a vontade no filme que em muitos momentos nem parece que eles estão atuando.Parecem um grupo de amigos, e nesse grupo temos as diferentes personalidades, os conflitos e todos os hormônios que estão presentes nessa fase.
O filme fala de um problema dos novos tempos que é o bullying, tratado com vários tipos de abordagens, a separação da mãe de Mano, o suposto caso de um professor e uma aluna, entre outras coisas.
Onde a música entra nessa história?
Mano, o personagem principal aprende a tocar a música com seu professor de violão e, porque não, conselheiro para a garota que ele pensa ser A mulher da sua vida.
A princípio ele acha que é uma, mas como quem acha não tem certeza, depois ele vai saber pra quem de fato ele aprendeu a tocar Something.
Gosto de "As melhores coisas do mundo" muito pela simplicidade que o filme tem, e pelos momentos mais indies do filme. A atuação falsa de Fiuk não consegue passar despercebida, mesmo porque ele tem um papel de destaque no filme, é irmão de Mano.
Tirando isso, se um dia estiver de bobeira... é uma boa pedida.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

We can be Heroes, just for one day!

A escolha dessa semana é................. HEROES!
Por quê?
Bem, no último feriado assistimos (eu, marido, mamãe e sobrinha) "As vantagens de ser invisível" e a primeira cena que a música toca é simplesmente linda mas a segunda é ainda mais linda, mais carregada de emoção, significado.
Heroes é do álbum de mesmo nome , lançado em outubro de 1977. Há quem diga que faz parte da Trilogia de Berlim e há quem diga que não, e não sou eu quem entrará nessa discussão .rss


Foi composto por Bowie quando ele se refugiou em Berlim, na época estava tentando se livrar do seu vício em cocaína, a acusação de ser nazista, o fim de um casamento e da CIA no seu pé. Tava puxado!
Aí ele foi pra Berlim, e resolveu dividir um modesto lar com ninguém mais ninguém menos que Iggy Pop.
A partir de tudo que viu e viveu nesse período que ficou por lá, Bowie compôs Heroes num dos momentos mais inusitados: Todas as tardes um casal que morava cada um de um lado do muro de Berlim se encontrava debaixo da guarita militar para namorar, depois de um tempo se despediam e voltava cada um pro seu lado.
Por isso também a música caiu como uma luva para o filme... Ah é o filme.
Há tempos queria ter visto "As vantagens de ser invisível", e como de costume, meu costume, perguntei pra uma meia dúzia de amigos se já tinham visto e o que acharam.
Nada de muito relevante me foi dito, exceto que "era um filme que o próprio autor do livro dirigiu".
A primeira vista alguns podem até achar que isso não tem lá muita relevância, mas tem.
Reflita: quem melhor que o próprio autor para dirigir uma adaptação de sua obra?
Em " As vantagens..." temos esse privilégio, Stephen Chboskys faz um filme simples sem esquecer de valorizar cada momento e cada característica importante de seu enredo.


No elenco temos Logan Lerman (o Percy Jackson)  como Charlie, Emma Watson (Hermione, rs) como Sam e Ezra Miller (o Kavin, aquele menino malvado) como Patrick. Patrick é meio irmão de Sam, inclusive.
Charlie é um garoto de 15 anos, que acaba de entrar no colegial e por vários motivos é muito calado, tímido, introspectivo. Mas resolve que aquele será o ano que ele fará novos amigos. E faz, Sam e Patrick aparecem em sua vida, primeiro Patrick, depois Sam.


Por um momento suas angustias se vão, seu problemas desaparecem. Mas, assim como em nossas vidinhas, tudo que a gente não resolve , volta. Conforme as coisas vão acontecendo o filme vai passando e eu enfim concordei com o título em português. o que é uma raridade.
As vantagens de ser invisível me toca pela simplicidade que se trata a amizade, o amor e as descobertas da vida. Coisas simples como fazer uma seleção numa fita K7 pra alguém que vc goste,  não saber que música toca, de quem é e a dificuldade de achar essa música ( a nova geração não faz a mínima idéia do que é isso).
E quando trata do amor nos deixa com a seguinte frase na cabeça :  "Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos"
Ah, na trilha temos também The Smiths, L7, New Order, entre outros. Filme lindinho que vale cada minuto.