quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

I was loved for a minute, then I was hated. Then I was just a punch line.

Se você tem mais de 30 anos e assistiu Flashdance na infância provavelmente já se imaginou patinando ao som de Gloria. 



Conheço algumas que já até realizaram esse sonho, rs
É uma coisa meio mágica, como se a música tivesse sido feita para patinar. 

Eis que na minha maratona do Oscar quando fui ver Lady Bird não me lembro se quando psotei que estava vendo ou no grupo de cinéfilos a Juliana falou: "Miga, você precisa ver I, Tonya. Toca Gloria."
Sim, precisava mesmo ver. 




Antes de ver acabei lendo um artigo sobre o filme escrito pelo pai do Felipe Andreoli e lembrei vagamente do caso. Quando o Fernando foi procurar tanto a foto de Tonya Harding e de Nancy Kerrigan que me deu um click. Lembrava mais de Nancy do que de Tonya e pelo filme até entendi porque. 



I,Tonya foi dirigido por Craig Gillespie (A Garota ideal - recomendo, A Hora do Espanto (2011) e Horas decisivas) e roteiro de Steven Rogers (Lado a Lado, Kate & Leopold e P.S. Eu te amo).
Tonya Harding foi uma patinadora de gelo que ganhou o campeonato americano e foi medalha de prata no mundial de 1991, foi a segunda mulher a conseguir fazer o Triple Axel e a primeira norte americana a fazê-la. Daí você deve estar se perguntando: se ela só ganhou isso na vida pra que um filme sobre a vida dela?Por que infelizmente pra ela não foi só por isso que ela ganhou destaque mundialmente. E é pra esse evento que o filme vai nos levar. 
Craig e Steven dão um tom cômico a narrativa e fazem como se os personagens estivessem dando entrevistas e pra não ficar ão pesado dão um toque de humor.




O filme começa com a mãe de Tonya indo procurar Diane, um treinadora de patinadoras. Diane se recusa pois Tonya tem somente 3 anos mas ela muda de ideia quando vê a garotinha patinar.
LeVona Harding , mãe de Tonya, interpretada por Alisson Janney (Histórias cruzadas, Juno, Beleza Americana, Hairspray, a lista é enoooorme) é daquelas típicas mães americanas que só quer saber da vitória da filha. Ela TEM QUE ser a melhor, ser campeã e não importa a que custo, nem que custe a menina parar de estudar, por exemplo. 



Quando Tonya não está patinando ela está com seu pai caçando. E eu acho que é no pai que ela tinha a válvula de escape. Mas como nem tudo são flores o pai vai embora de casa e resta pra Tonya a sua mãe louca.
O tempo passa e Tonya se torna adolescente e por conta da criação que tem ela não é nem um pouco sociável. Mas num belo dia ela está treinando e um rapaz está olhando pra ela. Esse rapaz é Jeff Gillooly ( Sebastian Stan , o Buck do Capitão America) com quem Tonya teve um relacionamento abusivo e se casou.



As cenas de violência contra ela são exageradas mas não chocantes daí que entra o humor negro da coisa.
Tonya é completamente desequilibrada e como disse o Fernando : uma atleta não pode ser tão desequilibrada assim.
Mas ela nunca teve nenhuma estrutura familiar ou qualquer outra pessoa que fizesse esse papel e pra piorar só se cercou de gente tão desequilibrada quanto ela.
Então ela fica obcecada pois nunca consegue notas que ela acha que merece, chega a perguntar porque ela não consegue as notas a um jurado que responde que ela não tem o perfil, que Nancy por exemplo tem ( por isso que eu lembro mais da Nancy) de garota correta com uma família estruturada. 



Tonya até chega a falar com a mãe que praticamente manda ela ir catar coquinho e fala que deu a filha um dom. To falando que a vida dela não foi fácil?
Então Tonya recebe uma ameaça de que se ela for treinar ela sofrerá um ataque, Jeff planeja com Shawn Eckhardt  mandar cartas de ameaças para Nancy pra que ela também fique abalada emocionalmente.
Mas ninguém contava que Shawn fosse completamente idiota e Shawn planeja um ataque a Nancy. 



Nada disso que eu to escrevendo é spoiler. Se você procurar qualquer informação sobre o caso na internet vão aparecer todas essas informações, fiquem tranquilos. 
E tudo vira uma sucessão de erros. Tudo. Seria menos louco se não fosse verdade. 
Todas as músicas da trilha sonora se encaixam perfeitamente as cenas onde aparecem, não são músicas colocadas ao acaso. 
Gloria aparece exatamente na cena em que os caras contratados por Shawn estão indo atentar contra Nancy. 
I, Tonya merece ser visto muito mais pelas interpretações de Margot Robbie e Allison Janney do que pela história em si que já é conhecida, não que essa história não seja interessante.   
Vamos voltar pra música. 
Gloria é uma música de 1979 e que foi originalmente composta e gravada por Umberto Tozzi
Sua versão em inglês foi feita por Jonathan King,a versão de Laura Branigan que é a que toca no filme e  a que a gente conhece foi gravada em 1982 e rendeu ma grana bem boa. 
Ah, depois do julgamento do ocorrido Tonya foi proibida de voltar a patinar e virou boxeadora.


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