quarta-feira, 14 de março de 2018

Patti Cake$ é girl power



Esse post poderia ter entrado nesse outro sobre não se encaixar mas achar seu lugar:
we're number 2
Ou nesse sobre ser gorda: Gorda!
Ou ainda o anterior a esse que foi sobre karaokê: o do karaokê
Mas Patti Cake$ merece um post só pra ela.
Com cheguei nesse filme?
Bom, como já falei algumas vezes eu ou vejo o filme e escrevo sobre ele porque tem alguma música na trilha sonora que me interessa ou escolho uma música e vou atrás de algum filme que tenha ela na trilha. Que foi o que aconteceu nesse caso.
Na verdade eu tinha ouvido o rapaz da rádio falar desse filmes tempos atrás e confesso que não dei muita atenção.
Então semana passada eu não sabia sobre o que escrever e queria escrever sobre algum filme que tivesse Bikini Kill na trilha e Patti Cake$ tem.
Antes um adendo, eu não conhecia Bikini Kill e uma das pessoas mais detestáveis que conheci na vida que me apresentou. Obrigada pessoa , rs.
Patti Cake$ é um filme de 2017 com direção e roteiro de Geremy Jasper que eu não conhecia mas dirigiu o clipe de uma música que eu amo e essa sim me foi apresentada por uma pessoa querida, Daniel Gomes.
Qual clipe?
Esse aqui ó:


O roteiro é interessante mas tem suas falhar, como não explorar mais os excluídos como por exemplo Basterd. Dava pra explorar mais a vida dele e a relação entre eles. Mas ainda assim é um bom filme. Muito melhor que Lady Bird.
Patricia Dombrowski aka Killa P. aka Patti Cake$ é uma jovem de 23 anos que sonha em ficar famosa sendo rapper.


Então vocês podem pensar: "Tá.. mas o que tem de diferente nisso?"
Patti é branca, gorda, pobre. O mundo do rap é bastante misógino, e no filme mostra ser be gordofóbico. Bom o mundo é gordofóbico.
O filme começa com Patti acordando, cuidando da avó ( eu quase não reconheci Cathy Moriaty como Nana) e andando pela rua do bairro e se imaginando como superstar. Eis que é interrompida por uma buzina e alguém  chamando de "Dumbo". Tem muitos momentos em que o filme me remeteu a Preciosa só que Patti Cake$ é beeem mais suave
É assim que ela é chama constantemente: Dumbo e outros montes de ofensas gordofóbicas, inclusive de Preciosa.
Uma das cenas que mais me deixou pistola é quando ela faz o Slam com um cara que ela é afim e ele a ofende muito, ali no meio da batalha e tals como se fizesse parte das rimas e não que fosse de propósito... mas lembra quando a gente era pequeno e falávamos que toda brincadeira tem um fundo de verdade? Então...


Mas como todo oprimido sempre tem com ele outro oprimido como companheiro, fiel escudeiro, Patti tem Jheri, que é seu único amigo e parceiro de rimas.
Na mesma noite do Slam, Patti e Jheri vão a um show de Rap e veem a apresentação de Basterd the Antichrist e enquanto os babacas ofendem o artista Patti vê nele um diferencial que vai além do visual, ao final do show ela tenta conversar com ele que não retribui e vai embora. 
Num belo dia Patti e Nana estão no cemitério e ela vê Basterd procurando algo em cima de um túmulo, Patti vai até ele e o ajuda a achar o que ele estava procurando, ela tenta conversar com ele novamente e ele se esquiva de novo.
Mas ela vai atrás dele, descobre seu esconderijo e chama Jheri. Daí surge o PJNB e o N da banda é nada mais nada menos que Nana.


Fiquem calmos, isso não estraga em nada o filme pois como e porque Nana entra no grupo é sensacional.




Patti tem uma relação conturbada com a mãe mas é a música que as une.
Ela também idolatra um bam bam bam do Rap que no fundo é um babaca.
Portanto cuidado com a idolatria e não perder a sua essência.


Ah... já ia esquecendo de falar da música  Double Dare Ya é uma música do album Revolution Girl Style Now! de 1991 da banda de Washington Bikini Kill. A banda não existe mais e Kathleen Hannah tem uma outra banda atualmente chamada The Julie Ruin, amo.
Infelizmente não tenho informações sobre a lera da música mas posso dizer que ela toca num momento bem importante do filme.




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