A GRANDE JOGADA

O que fazer num sábado a noite?
Vocês provavelmente tem inúmeras respostas mas eu ando tão cansada quem normalmente só penso em ficar sossegada.

Então resolvemos ver um dois trocentos filmes que pedi pro Fernando baixar e a escolha da vez foi " A Grande Jogada".

Considerado como um dos esquecidos do Oscar, o filme é de 2017 e tem a direção de Aaron Sorkin. Aliás é a estreia dele como diretor mas a gente já viu muito filme com o roteiro dele ("Questão de Honra", "Malícia", "Meu Querido Presidente", "A Rede Social", "O Homem Que Mudou o Jogo" e "Steve Jobs") e ele gosta de "baseado em história real".
O filme é baseado no livro homônimo escrito pela própria Molly Bloom.

Mas quem foi Molly Bloom?

Nascida em 21 de abril de 1978 em Colorado. Seu pai é psicólogo e professor na universidade de Colorado e sua mãe foi instrutora de ski e snowboard, e praticante de Fly Fishing onde ela tinha sua própria linha de roupas. Molly é a mais velha e tem como irmãos Jeremy e Jordan.
Típica família americana onde os filhos são criados para não falhar e serem sempre os melhores.
No filme isso fica bem evidente na cena em que Molly é uma criança ainda e está treinando sob a supervisão do pai e da mãe e diz que está cansada. Larry, seu pai pede pra que ela diga um sinônimo para cansada e ela diz fraca ou algo assim. E volta a treinar. A relação dos dois sempre foi bastante conturbada, cheia de conflitos, confrontamentos.
Molly sofre um acidente e acaba desistindo de esquiar. Em 2003 ela se muda para Califórnia, após se formar em Ciencias Políticas. Lá acaba trabalhando como garçonete na The Viper Room que no filme é chamado de The Cobra Lounge. No ano seguinte ele é contratada por um dos donos da boate  (Dean Keith) como sua assistente e Dean é um babaca. Mas é por causa dele que ela se torna a Princesa do Poker.

Num dia que Dean dá um pequeno chilique ele a encarrega de entrar em contato com algumas celebridades, empresários e etc, para organizar uma mesa de poker. Além disso ela devia se encarregar de receber os pagamentos, das comidas, bebidas e ambiente.
Há entre as celebridades um ator famoso que no filme é chamado de Jogador X e a princípio a gente acha que ele está do lado de Molly mas não muito.

Então primeiro Molly dá um balão em Dean depois de outro chilique dele, e dessa vez porque ela acha que ela está ganhando gorjetas demais e não precisa do salário de assistente, e passa a organizar as mesas de poker numa suíte de hotel. E tá tudo indo bem, muito bem. Até um dos jogadores perder o controle total e ter um leve surto e ela descobrir que o Jogador X não é tão bonzinho assim.
Depois desse tombo ela deixa a Califórnia e parte pra Nova York onde sua ambição aumenta e o descontrole toma conta, de tudo.
Como já foi dito em outras críticas, o filme tem 3 narrativas, a de Molly pro seu advogado (flashbacks da construção do império do poker), a das lembranças de infância/adolescência e o da sua própria narrativa.
No papel de Molly temos a maravilhosa da Jessica Chastain.
Dean (Jeremy Strong) na vida real é Darin Feinstein, Jogador X (Michael Cera)  é Tobey Maguire, The Cobra Lounge é The Viper Room que tinha como sócio além de Darin ninguém mais ninguém menos que Johnny Depp. Muitos famosos frequentavam o local e infelizmente foi lá que River Phoenix morreu.

E a música que eu escolhi pra falar nesse post toca exatamente na The Cobra Lounge no momento que Dean chama Molly para conversar sobre suas gorjetas e o salário.
Say Hello 2 Heaven é um música da banda Temple of The Dog que foi uma banda paralela de outras bandas paralelas e bandas oficiais. rs
Formada por Eddie Vedder, Chris Cornell, Stone Gossard, Jeff Ament, Mike McCready e Matt Camerom, segundo a Wikipedia a banda foi formada em tributo a Andrew Wood que com Gossard e Ament formou o Mother Love Bones.
Eu particularmente gosto muito de Temple of The Dog e Say Hello 2 Heaven é maravilhosa.
A música é do álbum Temple of The Dog de 1991 e foi composta por Cornell também em homenagem a Andrew que morreu de overdose de heroína.

Numa entrevista Cornell falou que inúmeras vezes as pessoas pediram pra que ele tocasse essa música em shows em homenagem a alguma pessoa querida que havia falecido e que ele se sentia feliz por a música ter se tornado um hino que de certa forma conforta a dor da perda.