quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Sempre que temos uma chance de avançar, eles mudam a linha de chegada.

Todo ano sempre acontece a mesma coisa, em janeiro a Academia anuncia indicados ao Oscar e eu fico desesperada para assistir TODOS eles. Confesso que nunca consegui e muitas vezes eu não me interesso por todos.
Nesse ano teve 2 que eu quis muito ver: Moonlight (que eu ainda não assisti) e Estrelas Além do Tempo e é sobre ele que vou falar nesse post.
O filme é de 2016, foi dirigido por Theodore Melfi que até então só havia dirigido curtas e um filme com o Bill Murray  chamado "Um Santo Vizinho" , que confesso não conhecer.



Baseado no livro de mesmo título da autora Margot Lee Shetterly, Estrelas além do tempo conta a história de mulheres afro-americanas que eram contratadas pela Nasa, excelentes em contas e ficavam escondidas num quartinho lá longe de tudo e de todos, dando destaque a três delas: Katherine Johnson ( Taraji O. Henson) , Dorothy Vaughan ( Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monàe).
Logo no início elas estão indo trabalhar e o carro dá tilt, Dorothy então vai arrumar e um policial pára pra saber porque 3 mulheres negras estariam paradas no meio da rodovia...
Policia pára, né? Para hoje, imagine na década de 60 ?
Muitas questões tratadas no filme ainda acontecem: o racismo e o machismo, por exemplo.
Como quando Katherine é transferida para o Departamento de Controle e Orientação de Divisão de Pesquisa de Voo e acham que ela é a nova faxineira. Além de colocarem uma garrafa de café para pessoas negras...
Ah, tem a passagem do banheiro, que ficava no outro prédio (1,6 km pra ser mais exata).
Então toda vez que Katherine tinha que ir ao banheiro demorava um baita tempo e por isso se ausentava do seu local de trabalho


Seu chefe Al Harrison ( Kevin Costner) cobra porque ela nunca está alí e ela solta o verbo. Essa cena é sensacional. Essse fato aconteceu mesmo mas não com Katherine e sim com Mary Jackson, Katherine apenas apoiou a amiga.
Dorothy é supervisora, não oficialmente, do departamento onde Katherine trabalhava  e ela sempre questiona a sua chefe Vivian Michael ( Kirsten Dunst) sua efetivação como supervisora. Vivian sempre com desculpas desconversa. Num certo dia Dorothy está levando documentos a Vivian e vê que estão instalando computadores.
Esses computadores vão substituir exatamente o trabalho do seu departamento. Porém ninguém sabe operá-los e Dorothy vê nisso uma oportunidade.


Mary Jackson é convidada a trabalhar no túnel do tempo supersônico e pra isso também enfrenta preconceito, machismo. Mary tem que enfrentar inclusive em casa o machismo de seu marido que não aceita que ela vá para a universidade para sua pós graduação,
A vaga é nua universidade para brancos e Mary tem que entrar com um processo para conseguí-la.
Na audiência argumenta ao juiz que quer fazer história e ser a primeira mulher engenheira da Nasa a entrar para a história.
O filme conta também com Jim Parson ( sim o Sheldon de The Big Bang Theory) que rivaliza com Katherine, sabe aquela coisa de "impossível uma mulher e negra" saber fazer esses cálculos.
Ah, vale lembrar que o projeto em que elas estavam envolvidas não era algo simples, era só o projeto de levar o homem a Lua.


Agora e a música? Que música você escolheu Dona Guta?
Esse filme tem uma trilha sonora maravilhosa e foi cuidada por Pharrel Willians, Benjamin Wallfisch e Hans Zimmer . Escolhi Jalapeno pra vocês ouvirem porque não tem história sobre a canção, é só porque ela é muito boa mesmo. Tem a Playlist no Spotify e vale demais baixar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário