quinta-feira, 17 de maio de 2018

“o acúmulo de informação acaba por transformar-se em formação”

O post dessa semana era pra ser sobre futebol mas como é sobre FILMES e não um filme só eu preciso assistir um deles pra poder falar sobre ele.
Então tive que pensar em outro filme para escrever.
Dessa vez parti da escolha da música pra depois ir atrás do filme.
Amy Winehouse lançou Rehab no álbum Back to Black, de 2006. Não vou partir do princípio que todo mundo sabe a história da música e vou contar pra vocês, se você já souber e não quiser ler de novo pode pular pra parte do filme.
A música é autobiográfica e surgiu da seguinte situação, Amy havia lançado seu primeiro álbum "Frank" e passou o ano de 2004 inteiro em turnê pra divulgar esse disco. O problema é que o pricesso criativo de Amy acabou sendo prejudicado pois essa rotina de turnê bloqueou essa sua criatividade uma vez que ela gostava de escrever sobre sua vida.
Amy passou a beber bastante e consumir drogas e quando conheceu o Blake ela passou a beber ainda mais. Blake só prejudicou a vida dela mas ela estava loucamente apaixonada por ele.
O relacionamento acabou e Amy ficou com depressão, passou a beber mais , a se alimentar pouco o que desenvolveu um distúrbio alimentar.
Quando seu empresário a viu "sugeriu" que ela se internasse numa clínica de reabilitação e ela disse que não iria. Quando finalmente cedeu resolveu ligar pro pai que falou que ela não precisava ir  pois ela estava sofrendo de amor e assim como ela várias jovens que sofrem por amor descontam em bebidas, deixam de comer e etc.
Sei lá esse pai dela...
E como isso virou letra de música?
De uma conversa dela com Ronson. Eles estavam caminhando e Amy começou a relatar todo esse ocorrido e cantarolou um pedaço. O que ela achou bobo ele uma ideia e mandou que ela trabalhasse aquele trecho. E de bobo Ronson não tem nada.
A música ganhou o Ivor Novello Awards de Melhor Música Contemporânea em 2007 e em 2008 ganhou o Grammy de Gravação do Ano, Canção do Ano, Amy como Artista revelação, Back to Black - Melhor álbum vocal Pop, Melhor Performance Vocal Pop Feminina  - Amy  e Ronson como melhor Produtor.
Saudades de vc, Amy.
Temos na trilha sonora de Delírios de Consumo de Becky Bloom (2009) essa música e apesar de Becky não ter que fazer Rehab pra bebidas teria que fazer pro seu consumismo.
O filme é dirigido por P.J. Hogan que também dirigiu " O casamento de Muriel", "Amor a toda prova ( esse filme é sensacional)", Peter Pan ( o que tem o pai do Malfoy como Capitão Gancho, talvez seja a versão que eu mais goste), "O Casamento do meu melhor amigo" e tem roteiro adaptado por Tracey Jackson, Tim Firth e Kayla Alpert  do livro de mesmo nome da autora Sophie Kinsella.
Delírios de consumo de Becky Bloom conta a história de Rebecca Bloomwood que deve ter seus vinte e poucos anos. Formada em jornalismo e quem tem como sonho trabalhar numa revista de moda o que acaba não acontecendo. Becky acumula uma dívida de US$ 16 000 em seus trocentos cartões e tudo por conta do seu consumismo desenfreado.

Ela procura ajuda nos Consumistas Anonimos, ela congela seus cartões para parar de comprar. Tem uma amiga que sempre tenta ajudá-la Suze( Kristen Ritter) e o seu cobrador Derek Smeath (Robert Stanton)
Ela não consegue emprego na revista de moda mas acaba com colunista numa revista de economia, apesar de não fazer nem um pouco o perfil da publicação ela acaba aceitando pois pensa que estando na mesma editora da revista dos seus sonhos estaria mais próxima de conseguir entrar lá.
O fato é que como Becky faz bem o papel de faça que eu digo não faça o que eu faço acaba fazendo sucesso.


Daí que vem o problema porque a gente bem sabe que mentira tem prazo de validade e uma hora ou outra a verdade vem a tona. E tem mais um problema, ela se apaixona pelo chefe e ele por ela mas ele não suporta mentira.


No papel de Becky temos a ótima Isla Fischer.
Eis que como sempre fui ler outras opiniões e outros textos sobre o filme e me vi analisando o consumismo e tudo mais abordado no filme.
Becky é consumista louca, doente mesmo. Ela não vê problema nisso. Ela diz que gosta de fazer compras e que as lojas estão lá para serem aproveitadas. E reclama quando é cobrada por estar devendo.
O capitalismo, a industria  e com o empurrãozinho da publicidade estão aí pra isso, fazer você consumir , consumir e consumir coisas que você não precisa. 
E se a gente parar pra pensar no filme retratando essa alienação pelo consumo desenfreado, com suas causas e consequências ele não é tão bobo afinal.

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